IMPRENSA: Dentro de uma folha de oliveira

Começou por ser um projeto pessoal de um colecionador e, entretanto, tornou-se um projeto museológico, com restaurante e loja. No novo Museu do Azeite, em Oliveira do Hospital, contam-se a história e as histórias da produção de azeite.

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Ao longo da sua vida profissional, que conta já com mais de três décadas, António Dias foi recolhendo peças em antigos lagares de azeite. Sempre que podia, aqui e ali, comprava uma masseira, uma panela de lareira ou qualquer outro instrumento relacionado com o ofício. “Através do tempo, percebi que eram peças de arte”, conta à VISÃO Se7e, enquanto aponta para o seu lagar, a meia dúzia de passos.

Há cinco ou seis anos, este produtor e vendedor de azeite teve a ideia de criar um museu para expor o vasto espólio adquirido um pouco por todo o País. O sonho foi concretizado este inverno (as portas abriram a 2 de dezembro), na aldeia de Bobadela, em Oliveira do Hospital.

No alto da colina, com vista para a serra da Estrela, o novíssimo Museu do Azeite destaca-se pela arquitetura. “Visto de cima, parece-se com um ramo de oliveira”, diz o proprietário, logo à entrada, ao lado de uma oliveira centenária. No interior do museu, da autoria do arquiteto Vasco Teixeira e inspirado num projeto feito pela filha de António Dias, os visitantes percorrem várias salas e surpreendem-se com a presença de um burro que puxa um moinho de tração animal. Os vídeos e ecrãs táteis, espalhados pelos cerca de 1700 metros quadrados, ajudam a contar a história da produção de azeite, desde a moagem, prensagem e decantação, da época romana aos nossos dias. Mas há muito mais: as duas prensas de grande dimensão, o moinho que funciona a força da água, o aguadeiro onde se fervia a água, a pia de pedra onde era preservado o também chamado ouro líquido e até um relógio movido a azeite. Jogar, enviar receitas e tirar uma selfie no olival são ainda algumas das atividades que também distraem pequenos e graúdos. Já no piso superior, o restaurante Olea tem pratos baseados no receituário português. Das entradas às sobremesas, tudo tem um pequeno fio de azeite.